Sobre a imunoterapia
As células tumorais podem muitas vezes escapar ao sistema imunize através do bloqueio de certos mecanismos de sinalização.
Um destes exemplos são os inibidores da via PD-1. As células tumorais muitas vezes contêm proteínas à sua superfície, chamadas de PD-L1, que as ajuda a impedir que o sistema imune funcione . Novos fármacos que bloqueiam estas proteínas PD-L1 podem ajudar o sistema imunitário a reconhecer as células tumorais e destrui-las. Vários outros fármacos direcionados a diferentes vias de sinalização imunitária estão atualmente disponíveis ou em fase de desenvolvimento.
Quando as células do organismo se transformam em células tumorais, podem ser reconhecidas pelos linfócitos, que terão a capacidade de lhes responder, reconhecendo-as e eliminando-as eficazmente.
Esta resposta pode ser dividida em 2 tipos:
Inata: A resposta inata é considerada a primeira linha de defesa contra o câncer e não envolve reconhecimento específico de antigénios. A resposta inata inclui a ação de macrófagos, células natural killer (NK) e células dendríticas. As células dendríticas fazem também parte da resposta adaptativa;
Adaptativa: A resposta adaptativa é específica para um determinado antigénio relacionado com o tumor. As células apresentadoras de antigénios (APCs), incluem as células dendríticas, células T ativadas quando apresentam antigénios e promovem a co-estimulação. As células T e B são componentes essenciais do sistema imunitário.
A imunoterapia é a opção de tratamento que se tem demonstrado mais promissora, na área da oncologia, desde o aparecimento da quimioterapia nos anos 40.
Quais os tipos de tumor que podem ser tratados com imunoterapia?
Os tratamentos de imunoterapia não podem ser utilizados em todos os tipos de tumores. A decisão do seu médico para recomendar este tipo de tratamento dependerá sempre do estadio do tumor e dos tipos de tratamento prévios que já realizou. Assim, é importante conhecer:
Vantagens da imunoterapia
A imunoterapia consegue atingir zonas específicas de tratamento, ainda, inacessíveis à cirurgia;
A imunoterapia não ataca apenas as células tumorais em divisão como, geralmente, a quimioterapia e a radioterapia. Assim sendo, as células cancerígenas que se dividem mais lentamente ou estão quiescentes, “em repouso”, são mais eficientemente reconhecidas e destruídas pela imunoterapia;
A imunoterapia tem a capacidade de incidir mais especificamente nas células tumorais, reduzindo assim o dano no tecido saudável circundante e evitando efeitos colaterais debilitantes que são quase inevitáveis no caso da radiação e da quimioterapia;